14.º Aniversário de O MAR DAS GARRAFAS / "Gioni Biondo fecit 1784, ( ?), 1786, Giovanni Biondo, Veneto, Capitano, fecce Anno 1792 - " Francesco Biondo, 1806"


A 11 de setembro de 2009 iniciámos este blog, que faz hoje, 14 anos. Durante este período tivemos como objectivo divulgar esta arte, quer através de trabalhos nossos, quer apresentando trabalhos de outros companheiros do mundo inteiro, quer ainda apresentando acervos museológicos ou de coleccionadores. 

O  melhor resultado deste Blog foi o de ter conseguido, encontrar e associar as garrafas com  barcos mais antigas que se conhecem, até porque três delas foram realizadas pelo mesmo artista, Giovanni Biondo e a outra, por alguém com o mesmo apelido, com a mesma técnica e o mesmo estilo, Francesco Biondo. 

Todas estas garrafas estão em acervos museológicos, menos uma que pertence a uma colecção particular e que ficámos a conhecer, justamente, porque o seu proprietário, numa pesquisa sobre essa sua peça, procurou na WEB pelo nome do artista e foi remetido para o "O Mar das Garrafas". Foi deste modo que teve consciência de que aquilo que tinha comprado num antiquário, apenas pela sua beleza, era muito mais importante! 

Relativamente às garrafas de Biondo em acervos museológicos, a Association Bateaux en Bouteille noticiou a existência da garrafa de Lübeck e da garrafa do Museo del Vetro em Murano, Veneza. Quanto à garrafa do Museu da Marinha de Lisboa, foi "reencontrada" por mim, quando passando nos seus "reservados", me deparei com uma peça, em cima de uma estante alta e opaca pelo pó. Com o instinho que apenas nós, fazedores desta arte, reconhecemos, logo humedeci o dedo para retirar o pó, e no rasto do meu gesto descubro uma garrafa de vidro com uma fragata de guerra.  Aquele objecto era uma garrafa com um barco, com o nome do artista, sua condição sócio-profissional, naturalidade e data de execução, manuscritas! Apesar da  peça estar registada, não se lhe dava, na altura, muito importância, não, apenas, porque não era portuguesa, como, sobretudo, porque não se sabia ser uma das primeiras garrafas com barcos conhecidas.

A recolha e associação de dados sobre os Biondo não se teria feito, de modo tão completo, sem este blogue, talvez, também porque eu seja historiador. desejo assim comemorar o 14.º Aniversário deste blogue, salientado este aspecto crucial na identificação das peças mais antigas desta arte, que, ao contrário do que se dizia comumente, não são do século XIX, nem feitas por simples e pobres marinheiros. Foram executadas no Século XVIII, por um "Capitano" e em vidro de Murano, um vidro caro nessa altura devido à sua qualidade, pois, além da produção ainda não ser industrial, era muito homogéneo na sua espessura, distorcendo muito pouco a imagem do seu interior.

De todas estas peças já é possível dizer que a Fragata da Garrafa do Museu da Marinha, em Lisboa, existiu mesmo, pois tem inscrita na popa uma referência ortográfica: "FAMA". Foi o navio almirante da Frota veneziana e acabou por transportar o corpo do Almirante Angeo Emo para Veneza em 1792, falecido no decurso de um ataque contra a frota berbere, do norte de África. Talvez, em memória desse facto, a data associada ao nome da popa é esta e não, como seria normal, a de 1784 que correspondia à construção da embarcação. Também já é possível dizer que o seu autor, Giovanni ou Gionni Biondo, não foi seu "Capitano", nem de qualquer outro navio da armada veneziana. Foi um "Capitano" da marinha mercante, muitas vezes escoltado por navios da Armada, provavelmente, também do "Fama"!

Neste momento prosseguimos na tentativa de reconhecimento histórico das outas três fragatas de guerra, o que é difícil, pois a sua identificação ainda era feita através de icones esculpidos na popa e não através de um nome escrito, como no caso da "FAMA". 

Este texto é grande, mas creio que se justifica por si mesmo. As imagens são as mais recentes que temos de cada peça dos Biondo. Agradecemos a Guido Ercole e à Doutora Hildegard Vogeler, a sua cooperação  neste processo de investigação.



1784 - Gionni Biondo - Holstentor Museum - Lübeck
Cortesia de Dr. Hildegard Vogeler, Museum für Kunst und Kulturgeschichte


L'11 settembre 2009 abbiamo aperto questo blog, che oggi compie 14 anni. Durante questo periodo abbiamo voluto promuovere quest'arte, sia attraverso il nostro lavoro, sia presentando opere di altri colleghi provenienti da tutto il mondo, o anche presentando collezioni museologiche o collezioni di collezionisti.

Il risultato più bello di questo Blog è stato quello di essere riusciti a trovare e associare le bottiglie alle più antiche barche conosciute, anche perché tre di esse sono state realizzate dallo stesso artista, Giovanni Biondo e l'altra, da qualcuno con lo stesso soprannome, con il stessa tecnica e stesso stile, Francesco Biondo.

Tutte queste bottiglie si trovano in collezioni museali, tranne una che appartiene ad una collezione privata e di cui siamo venuti a conoscenza proprio perché il suo proprietario, ricercando il suo pezzo, ha cercato sul WEB il nome dell'artista ed è stato inviato a "O Sea di Bottiglie". Fu così che prese coscienza che ciò che aveva acquistato in un negozio di antiquariato, proprio per la sua bellezza, era molto più importante!

Per quanto riguarda le bottiglie Biondo presenti nelle collezioni museali, l'Associazione Bateaux en Bouteille ha annunciato la bottiglia di Lubecca e la bottiglia del Museo del Vetro di Murano, Venezia. Quanto alla bottiglia del Museu da Marinha di Lisbona, è stata da me "riscoperta", quando passando per le sue "zone riservate", mi sono imbattuto in un pezzo, sopra uno scaffale alto e opaco di polvere. Con l'istinto che solo noi, artefici di quest'arte, riconosciamo, presto mi inumidisco il dito per togliere la polvere, e sulla scia del mio gesto scopro una bottiglia di vetro con una fregata da guerra. Quell'oggetto era una bottiglia con una barca, con scritto a mano il nome, lo status socio-professionale, il luogo di nascita e la data di esecuzione! Sebbene il pezzo fosse registrato, all'epoca non gli venne data molta importanza, non solo perché non era portoghese, ma soprattutto perché non si sapeva che era una delle prime bottiglie conosciute con barche.

Vale la pena sottolineare che la raccolta e l'associazione dei dati non sarebbe stata possibile senza questo blog, forse anche perché sono uno storico. Desidero quindi celebrare il 14° Anniversario di questo blog, sottolineando questo aspetto cruciale nell'identificazione dei pezzi più antichi di quest'arte, che, contrariamente a quanto comunemente si dice, non sono ottocenteschi, né realizzati da semplici e poveri marinai. Furono eseguiti nel XVIII secolo, da un "Capitano" e in vetro di Murano, un vetro costoso all'epoca per la sua qualità, poiché, oltre a non essere prodotto industrialmente, era molto omogeneo nello spessore, deformando pochissimo l'immagine del tuo dentro.

Da tutti questi pezzi è già possibile affermare che la Fragata da Garrafa de Lisboa è realmente esistita, poiché reca inciso sulla poppa un riferimento ortografico: "FAMA". Era l'ammiraglia della flotta veneziana e finì per trasportare il corpo dell'ammiraglio Angeo Emo a Venezia nel 1792, dopo la sua morte mentre partecipava a un attacco contro la flotta berbera nel Nord Africa. Forse, a ricordo di quel fatto, la data associata al nome della poppa è questa e non, come sarebbe normale, il 1784 che corrispondeva alla costruzione dell'imbarcazione. È anche possibile affermare che il suo autore, Giovanni o Gionni Biondo, non fosse il suo "Capitano", né di alcuna altra nave della flotta veneziana. Era un "Capitano" della marina mercantile, spesso scortato da navi della Marina Militare, probabilmente anche della "Fama"!

In questo momento si sta continuando il tentativo di riconoscimento storico delle altre tre fregate da guerra, cosa difficile in quanto la loro identificazione avveniva ancora tramite icone scolpite sulla poppa e non tramite un nome scritto, come nel caso della "FAMA".

Questo testo è lungo, ma credo che si giustifichi da solo. Le immagini sono le più recenti in nostro possesso di ogni pezzo Biondo. Ringraziamo Guido Ercole e la dottoressa Hildegard Vogeler per la loro collaborazione in questo processo di ricerca.

1786 - Giovanni Biondo - Particular Collection
Cortesia de Dr. A.T.




On September 11, 2009, we started this blog, which marks 14 years today. During this period we aimed to promote this art, whether through our work, by presenting work by other colleagues from all over the world, or by presenting museum or collectors' collections.

The best result of this Blog was to have managed to find and associate the oldest known ships in bottles, especially because three of them were made by the same artist, Giovanni Biondo and the other, by someone with the same surname, with the same technique and the same style, Francesco Biondo.

All of these bottles are in museum collections, except one that belongs to a private collection and that we learned about, precisely, because its owner, in researching this piece of his, searched the WEB for the artist's name and was sent to "O MAR DAS GARRAFAS". It was in this way that he became aware that what he had bought in an antique shop, just for its beauty, was much more important!

All of these bottles are in museum collections, except one that belongs to a private collection and that we learned about, precisely, because its owner, in researching this piece of his, searched the WEB for the artist's name and was sent to "The Sea of Bottles". It was in this way that he became aware that what he had bought in an antique shop, just for its beauty, was much more important!

Regarding Biondo ships in bottles museum collections, the "Association Bateaux en Bouteille" reported on the Lübeck bottle and the bottle at the Museo del Vetro in Murano, Venice. 

The Biondo'ship in bottle from  Museu da Marinha (Portugal), it was "rediscovered" by me, when passing through its "reserves", I came across a piece, on top of a tall shelf, opaque with dust. With the instinct that only we, creators of this art, recognize, I immediately moistened my finger to remove the dust, and in the wake of my gesture I discovered a glass bottle with a war frigate. That object was a bottle with a war frigate, with the name, socio-professional status, place of birth and date of execution, handwritten! Although the piece was registered in the Museum, at the time, it was not given much importance, not only because it was not Portuguese, but also, above all, because it was not known to be one of the first known bottles with ships.

It is worth highlighting that the collection and association of data would not have been possible without this blog, perhaps also because I am a historian. I therefore wish to celebrate the 14th Anniversary of this blog, highlighting this crucial aspect in identifying the oldest pieces of this art, which, contrary to what was commonly said, are not from the 19th century, nor made by simple and poor sailors. They were made in the 18th century, by a "Capitano" and in Murano glass, an expensive glass at that time due to its quality, as, in addition to the production not yet being industrial, it was very homogeneous in its thickness, distorting very little the image of the glass inside.

From all these pieces it is now possible to say that the Lisbon Biondo frigate in Bottle, really existed. It has a spelling reference inscribed on the stern: "FAMA". It was the flagship of the Venetian Fleet and ended up transporting the body of Admiral Angeo Emo to Venice in 1792, after he died during an attack against the Berber fleet in North Africa. Perhaps, in memory of this fact, the date associated with the name of the stern is this and not, as would be normal, the date of 1784 which corresponded to the construction of the vessel, but the date of Emo's death.  It is also possible to say that its author, Giovanni or Gionni Biondo, was not his "Capitano", nor any other ship in the Venetian armada. He was a "Capitano" of the merchant navy, often escorted by Venetian navy ships, probably also the "Fama"!

At this moment, we are continuing to attempt historical recognition of the other three war frigates, which is difficult, as their identification was still done through icons carved on the stern and not through a written name, as in the case of "FAMA".

This text is long, but I believe it justifies itself. The images are the most recent we have of each Biondo piece. We thank Guido Ercole and Doctor Hildegard Vogeler for their cooperation in this research process.
1792 - Giovanni Biondo - Museu da Marinha (Lisbon - Portugal)


Le 11 septembre 2009 nous avons lancé ce blog qui fête aujourd'hui ses 14 ans. Durant cette période, nous avons cherché à faire connaître cet art, que ce soit à travers notre travail, en présentant les œuvres d'autres collègues du monde entier, ou en présentant des collections de musées ou de collectionneurs.

Le meilleur résultat de ce blog a été d'avoir réussi à trouver et à associer les bouteilles aux bateaux les plus anciens connus, notamment parce que trois d'entre eux ont été réalisés par le même artiste, Giovanni Biondo et l'autre, par quelqu'un du même nom, avec le même technique et le même style, Francesco Biondo.

Toutes ces bouteilles se trouvent dans des collections de musée, sauf une qui appartient à une collection privée et dont nous avons eu connaissance précisément parce que son propriétaire, en recherchant cette pièce, a recherché sur le WEB le nom de l'artiste et a été envoyé à "O MAR DAS GARRAFAS". C'est ainsi qu'il prend conscience que ce qu'il a acheté chez un antiquaire, rien que pour sa beauté, est bien plus important !

Concernant les bouteilles Biondo dans les collections des musées, l'Association Bateaux en Bouteille a fait état de la bouteille de Lübeck et de la bouteille du Museo del Vetro de Murano, Venise. Quant à la bouteille du Musée de la Marine de Lisbonne, elle a été "redécouverte" par moi, en parcourant ses "réserves", j'en suis tombé sur une pièce, au sommet d'une haute étagère, opaque de poussière. Avec l'instinct que nous seuls, créateurs de cet art, connaissons, j'ai immédiatement humidifié mon doigt pour enlever la poussière, et dans la foulée de mon geste j'ai découvert une bouteille en verre avec une frégate de guerre. Cet objet était une bouteille avec un bateau, son nom, sa situation socioprofessionnelle, son lieu de naissance et la date de son exécution, écrits à la main ! Bien que la pièce ait été enregistrée, à l'époque, on ne lui accordait pas beaucoup d'importance, non seulement parce qu'elle n'était pas portugaise, mais surtout parce qu'elle n'était pas connue pour être l'une des premières bouteilles connues avec des bateaux.

Il convient de souligner que la collecte et l’association de données n’auraient pas été possibles sans ce blog, peut-être aussi parce que je suis historienne. Je souhaite donc célébrer le 14ème anniversaire de ce blog, en soulignant cet aspect crucial dans l'identification des pièces les plus anciennes de cet art, qui, contrairement à ce qu'on disait communément, ne datent pas du 19ème siècle, ni ne sont réalisées par de simples et pauvres marins. Ils ont été fabriqués au XVIIIe siècle, par un "Capitano" et en verre de Murano, un verre cher à l'époque en raison de sa qualité, car, outre que la production n'était pas encore industrielle, il était très homogène dans son épaisseur, déformant très peu l'image du verre.votre intérieur.

À partir de toutes ces pièces, il est désormais possible de dire que la Fragat en Bouteille de Lisbon a réellement existé, car elle porte une référence orthographique inscrite sur la poupe: « FAMA ». C'était le vaisseau amiral de la flotte vénitienne et il finit par transporter le corps de l'amiral Angeo Emo à Venise en 1792, après sa mort lors d'une attaque contre la flotte berbère en Afrique du Nord. Peut-être, en souvenir de ce fait, la date associée au nom de la poupe est-elle celle-ci et non, comme cela serait normal, la date de 1784 qui correspondait à la construction du navire. On peut également dire que son auteur, Giovanni ou Gionni Biondo, n'était pas son "Capitano", ni aucun autre navire de l'armada vénitienne. C'était un "Capitano" de la marine marchande, souvent escorté par des navires de la Marine, probablement aussi de "Fama" !

En ce moment, nous poursuivons la tentative de reconnaître l'histoire des trois autres frégates de guerre, ce qui est difficile, car leur identification se faisait encore à travers des icônes gravées sur la poupe et non à travers un nom écrit, comme dans le cas de " FAMA".

Ce texte est long, mais je crois qu'il se justifie. Les images sont les plus récentes dont nous disposons de chaque pièce Biondo. Nous remercions Guido Ercole et la docteur Hildegard Vogeler pour leur coopération dans ce processus de recherche.


1806 - Francesco Biondo - Museo del Vetro (Murano - Venice)



El 11 de septiembre de 2009 iniciamos este blog, que hoy cumple 14 años. Durante este período, buscamos promover este arte, ya sea a través de nuestro trabajo, o presentando obras de otros colegas de todo el mundo, o incluso presentando colecciones museológicas o de coleccionistas.

El mejor resultado de este Blog fue haber conseguido encontrar y asociar las botellas con los barcos más antiguos conocidos, sobre todo porque tres de ellos fueron realizados por el mismo artista, Giovanni Biondo, y el otro, por alguien con el mismo apodo, con el Misma técnica y mismo estilo, Francesco Biondo.

Todas estas botellas se encuentran en colecciones de museos, excepto una que pertenece a una colección privada y que conocimos precisamente porque su propietario, en una búsqueda sobre su pieza, buscó en la WEB el nombre del artista y fue enviada a "O Mar das Garrafas". Fue así como tomó conciencia de que lo que había comprado en una tienda de antigüedades, sólo por su belleza, ¡era mucho más importante!

Respecto a las botellas de Biondo en las colecciones de los museos, la "Association Bateaux en Bouteille" informó sobre la botella de Lübeck y la botella del Museo del Vetro de Murano, Venecia. En cuanto a la botella del Museu da Marinha de Lisboa, fue "redescubierta" por mí, al pasar por sus "áreas reservadas", me encontré con un trozo, encima de un estante alto y opaco por el polvo. Con el instinto que sólo nosotros, hacedores de este arte, reconocemos, pronto me mojo el dedo para quitar el polvo, y tras mi gesto descubro una botella de vidrio con una fragata de guerra. Ese objeto era una botella con un barco, con el nombre del artista, su condición socioprofesional, lugar de nacimiento y fecha de ejecución, ¡escritos a mano! Aunque la pieza estuvo registrada, no se le dio mucha importancia en su momento, no sólo porque no era portuguesa, sino principalmente porque no se sabía que fuera una de las primeras botellas con barcos conocidas.

Es interesante señalar que la recopilación y asociación de datos no se habría realizado sin este blog, quizás también porque soy historiador. Por ello deseo celebrar el 14º Aniversario de este blog, destacando este aspecto crucial a la hora de identificar las piezas más antiguas de este arte, que, al contrario de lo que comúnmente se dice, no son del siglo XIX, ni fueron realizadas por simples y pobres marineros. Fueron ejecutados en el siglo XVIII, por un "Capitano" y en cristal de Murano, un cristal caro en aquella época por su calidad, ya que, además de no producirse industrialmente, era muy homogéneo en su espesor, deformándose muy poco. la imagen de su interior.

De todas estas piezas ya se puede afirmar que la Fragata da Garrafa de Lisboa existió realmente, ya que tiene una referencia ortográfica inscrita en la popa: "FAMA". Fue el buque insignia de la flota veneciana y acabó transportando el cuerpo del almirante Angeo Emo a Venecia en 1792, tras su muerte durante un ataque contra la flota bereber en el norte de África. Quizás, en recuerdo de aquel hecho, la fecha asociada al nombre de la popa sea ésta y no, como sería normal, el 1784 que correspondió a la construcción del buque. También se puede decir que su autor, Giovanni o Gionni Biondo, no fue su "Capitano", ni de ningún otro barco de la flota veneciana. Era un "Capitán" de la marina mercante, a menudo escoltado por barcos de la Armada, ¡probablemente también de "Fama"!

En este momento continuamos el intento de reconocer la historia de las otras tres fragatas de guerra, lo cual es difícil, ya que su identificación todavía se hacía a través de iconos grabados en la popa y no a través de un nombre escrito, como en el caso de " FAMA”.

Este texto es extenso, pero creo que se justifica por sí solo. Las imágenes son las más recientes que tenemos de cada pieza de Biondo. Agradecemos a Guido Ercole y a la Doctora Hildegard Vogeler por su cooperación en este proceso de investigación.


Giovanni Biondo  Veneto  Capitano fecce Anno 1792


Am 11. September 2009 haben wir diesen Blog gestartet, der heute 14 Jahre alt ist. In dieser Zeit war es unser Ziel, diese Kunst zu fördern, sei es durch unsere Arbeit, durch die Präsentation von Werken anderer Kollegen aus aller Welt oder durch die Präsentation von Museums- oder Sammlersammlungen.

Das beste Ergebnis dieses Blogs war es, die ältesten bekannten Flaschenboote finden und zuordnen zu können, nicht zuletzt, weil drei von ihnen vom selben Künstler, Giovanni Biondo, und das andere von jemandem mit demselben Spitznamen hergestellt wurden, mit der gleichen Technik und dem gleichen Stil, Francesco Biondo. 

Alle diese Flaschen befinden sich in Museumssammlungen, mit Ausnahme einer, die zu einer Privatsammlung gehört und von der wir gerade deshalb erfahren haben, weil ihr Besitzer bei der Recherche zu diesem seiner Stücke im WEB nach dem Namen des Künstlers gesucht hat und an „The Sea“ geschickt wurde von Flaschen". Auf diese Weise wurde ihm bewusst, dass das, was er in einem Antiquitätenladen gekauft hatte, allein wegen seiner Schönheit viel wichtiger war!

Zu Biondo-Flaschen in Museumssammlungen berichtete die „Association Bateaux en Bouteille“ über die Flasche aus Lübeck und die Flasche aus dem Museo del Vetro in Murano, Venedig. Die Flasche aus dem Lissabonner Marinemuseum wurde von mir „wiederentdeckt“, als ich bei der Durchsicht ihrer „Reserven“ auf einem hohen Regal auf ein Stück stieß, das vor Staub undurchsichtig war. Mit dem Instinkt, den nur wir, die Schöpfer dieser Kunst, erkennen, befeuchtete ich sofort meinen Finger, um den Staub zu entfernen, und entdeckte im Gefolge meiner Geste eine Glasflasche mit einer Kriegsfregatte. Bei diesem Objekt handelte es sich um eine Flasche mit einem Boot, auf der handschriftlich der Name des Künstlers, sein gesellschaftlicher und beruflicher Status, sein Geburtsort und das Datum der Ausführung standen! Obwohl das Stück damals registriert war, wurde ihm keine große Bedeutung beigemessen, nicht nur, weil es nicht portugiesisch war, sondern vor allem auch, weil nicht bekannt war, dass es sich um eine der ersten bekannten Flaschen mit Schiffchen handelte.

Es ist interessant darauf hinzuweisen, dass die Sammlung und Verknüpfung von Daten ohne diesen Blog nicht möglich gewesen wäre, vielleicht auch weil ich Historiker bin. Deshalb möchte ich den 14. Jahrestag dieses Blogs feiern und diesen entscheidenden Aspekt bei der Identifizierung der ältesten Stücke dieser Kunst hervorheben, die entgegen der landläufigen Meinung weder aus dem 19. Jahrhundert stammen noch von einfachen und armen Seeleuten hergestellt wurden. Sie wurden im 18. Jahrhundert von einem „Capitano“ in Flaschen aus Muranoglas hergestellt, einem damals aufgrund seiner Qualität teuren Glas, da es nicht nur noch nicht industriell hergestellt wurde, sondern auch eine sehr homogene Dicke aufwies und sich kaum verformte das Bild Ihres Interieurs.

Aus all diesen Stücken kann man nun sagen, dass die Lissabonner Flaschenfregatte tatsächlich existierte, da auf ihrem Heck eine Schreibangabe eingraviert ist: „FAMA“. Es war das Flaggschiff der venezianischen Flotte und transportierte schließlich 1792 die Leiche von Admiral Angeo Emo nach Venedig, nachdem er bei einem Angriff auf die Berberflotte in Nordafrika getötet worden war. Vielleicht ist in Erinnerung an diese Tatsache das mit dem Namen des Hecks verbundene Datum dieses und nicht, wie üblich, das Datum 1784, das dem Bau des Schiffes entsprach. Man kann auch sagen, dass der Autor, Giovanni oder Gionni Biondo, weder sein „Capitano“ noch irgendein anderes Schiff der venezianischen Armada war. Er war ein „Kapitän“ der Handelsmarine, oft begleitet von Marineschiffen, wahrscheinlich auch von „Fama“!

Derzeit versuchen wir weiterhin, die anderen drei Kriegsfregatten historisch zu identifizieren, was schwierig ist, da ihre Identifizierung immer noch durch in das Heck eingravierte Symbole erfolgte und nicht durch einen geschriebenen Namen, wie im Fall der „FAMA“.

Dieser Text ist umfangreich, aber ich denke, er rechtfertigt sich. Die Bilder sind die aktuellsten, die wir von jedem Biondo-Stück haben. Wir danken Guido Ercole und Doktor Hildegard Vogeler für ihre Mitarbeit in diesem Forschungsprozess.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O "Bleagle" do meu pai! / ¡El "Bleagle" de mi padre! / My Father's "Bleagle!" / Der „ Beagle" meines Vaters! / Le "Bleagle" de mon père !" /Il "Bleagle" di mio padre!

o "Mar" da "Rasca da Ericeira"

Os sonhos em garrafas de Henri Rannou / Rêves en bouteilles de Henri Rannou / Dreams in bottles by Henri Rannou / Sueños en botellas de Henri Rannou / Sogni in bottiglia di Henri Rannou / Träume in Flaschen von Henri Rannou

Roberto Scheitlin: 50 años de Barcos en Botellas / Roberto Scheitlin: 50 anos de Barcos em Garrafas / Roberto Scheitlin: 50 years of Ships in Bottles / Roberto Scheitlin : 50 ans de bateaux en bouteilles / Roberto Scheitlin: 50 Jahre „Boote in Flaschen“ / Roberto Scheitlin: 50 anni di Barche in Bottiglie

Glasports von Albertus Looden / Albertus Looden's glass ports / Os portos de vidro de Albertus Looden / Les ports en verre d'Albertus Looden / Gli porto marittimo in vetro di Albertus Looden

Aubry, un autre Aladin! / Aubry, um outro Aladino! /Aubry, another Aladin! /¡Aubry, otro Aladino! / Aubry, un altro Aladino! / Aubry, ein weiterer Aladdin!

Le "Calypso" de Gerard Gauvin

A Rasca da Ericeira, feita por mim há 36 anos / Ericeira's Rasca, made by me 36 years ago / El Rasca de Ericeira, hecho por mí hace 36 años / Rasca d'Ericeira, faite par moi il y a 36 ans / Ericeiras Rasca, hergestellt von mir vor 36 Jahren / Rasca di Ericeira, realizzato da me 36 anni fa

As garrafas do confinamento sanitário/ Las botellas del confinamiento sanitario/ The bottles from sanitary confinement/ The sanitary confinement bottles/ Le bottiglie dal confinamento sanitario/ Die Flaschen aus dem Sanitärbereich